Pesquisar

24 de agosto de 2024

After Picking up the Fallen Female Zerg General - Capítulo 7

 ANTERIOR ÍNDICE PRÓXIMO

 As pupilas de Ye Er se contraíram.

Ele de repente percebeu que o Zerg fêmea não estava tentando atacá-lo, mas sim tentando segurá-lo ao perceber que ele estava prestes a cair.

Esse pensamento dominou sua mente, fazendo-o baixar a guarda e quase instantaneamente cessar o ataque com sua força mental.

A retirada abrupta da força mental fez com que o corpo do Zerg, que estava rígido como pedra, sofresse um espasmo e desabasse no chão como uma montanha, caindo pesadamente.

"Ei, você…!"

A expressão de Ye Er mudou, e ele rapidamente se abaixou para verificar a condição do Zerg. Quando estendeu a mão, sentiu um calor incomum e úmido.

"015!" Sua expressão ficou séria, e ele chamou, sem sequer olhar para trás: "Acenda a luz."

Clack.

A sala de estar, antes imersa em escuridão, foi iluminada, revelando uma cena de devastação. Um rio de sangue fluía do sofá até o corpo do Zerg fêmea que estava no chão.

A situação era pior do que Ye Er imaginava. Mas o pior não eram as feridas rasgadas; o Zerg estava com febre alta, sinal de que as feridas haviam infeccionado, com sinais de necrose.

"Antitérmicos, onde estão os antitérmicos... Ningting Ding, Abelre..."

Ye Er abriu a caixa de remédios, pegando vários medicamentos diferentes. No entanto, no momento em que estava prestes a administrar um ao Zerg, ele parou abruptamente.

"…Estou louco? Não posso dar remédios assim sem mais nem menos."

Ele fechou os olhos com força, forçando-se a manter a calma, e ativou o comunicador para entrar em contato com Xi Ze.

"Ele acabou de acordar, parece que se esforçou demais e entrou em um estado de semitransformação. As feridas provavelmente se abriram, e agora ele está em um estado de febre alta, inconsciente e com hemorragia grave. O que devo fazer agora?"

O rosto de Xi Ze apareceu na tela. Antes que ele pudesse falar, a gravidade da situação o fez ficar sério.

Depois de confirmar que todos os medicamentos comprados estavam à mão e não haviam sido descartados, Xi Ze guiou rapidamente Ye Er em uma série de procedimentos de emergência e na administração das medicações.

Após um período de confusão e ação frenética, Ye Er conseguiu estabilizar o estado do Zerg, parando a hemorragia e evitando que a condição piorasse.

Ye Er caiu de joelhos no chão, respirando pesadamente. Seu rosto e mãos estavam cobertos de sangue coagulado, dando-lhe uma aparência abatida e desordenada. "…Está tudo bem agora?"

"Sim, por enquanto está sob controle. Agora, por favor, leve-o para se lavar, mas tome cuidado para evitar movimentos bruscos."

Ye Er franziu as sobrancelhas instintivamente.

O corpo do Zerg estava coberto de sangue coagulado, que já havia formado uma crosta fina e grudado nas feridas. Lavar isso significaria, essencialmente, rasgar as feridas novamente. Além disso, as feridas não deveriam ser expostas à água tão facilmente.

"Não se preocupe. Mesmo que ele tenha perdido a maior parte da capacidade de regeneração, os Zergs fêmeas têm uma vitalidade extremamente forte. Ele não vai morrer por causa de um banho. Na verdade, não limpar adequadamente pode ser ainda mais perigoso."

Após dar mais algumas instruções detalhadas, Xize de repente lembrou de algo.

"Ah, e evite ter relações sexuais com ele nos próximos dias. Caso contrário, ele pode sofrer hemorragia interna e morrer. Espere uns três ou quatro dias para que as feridas cicatrizem um pouco, e então será seguro novamente."

Ye Er levantou os olhos, chocado, sem entender como aquela palavra se encaixava com o Zerg fêmea, coberto de sangue e feridas.

Uma raiva inexplicável começou a surgir dentro dele, e ele respondeu friamente: "Ele não é uma ferramenta de alívio sexual que eu trouxe para casa!"

"Não é, ele está tão ferido assim…!"

O belo macho na tela, com uma expressão de incredulidade, tinha os olhos escuros brilhando de raiva, quase cerrando os dentes ao dizer: "Eu não sou um animal!"

"Não fique irritado, senhor," disse Hughes em um tom mais suave. "Foi apenas um lembrete de rotina. As feridas desse Zerg fêmea provavelmente vão demorar um ano ou mais para cicatrizar completamente. Por favor, tenha paciência. Se precisar de algo, me avise."

Com um clique, a comunicação foi cortada.

Ye Er olhou para a bagunça ao seu redor, sentindo uma dor de cabeça crescente. Mas a prioridade era cuidar do Zerg fêmea. "015, me ajude a levá-lo para o banheiro."

O que ele recebeu como resposta foi um som de crepitação nervosa. Quando se virou, viu o pequeno robô doméstico com a tela escurecida, exibindo "Bateria em 1%, desligando automaticamente."

"…Vamos recarregar você primeiro."

Ye Er reprimiu um suspiro, empurrando 015 para um canto da sala e conectando-o ao carregador.

Ele recolheu os frascos de remédio espalhados pelo chão, jogando-os de volta na caixa de medicamentos e limpando o suficiente do espaço para permitir a passagem. Só então ele olhou para o Zerg caído no chão.

"Droga, não vou conseguir te levantar."

Ye Er murmurou para si mesmo e, depois de pensar um pouco, foi até a cabeça do Zerg, colocando uma mão sob seu pescoço e a outra em suas costas, levantando-o com esforço.

O corpo do Zerg era largo e forte, mas as inúmeras cicatrizes destruíam sua beleza. A pele, onde as mãos de Ye Er tocavam, estava coberta de suor frio, sangue e líquidos corporais, tudo misturado.

O calor intenso do corpo do Zerg parecia queimar as palmas das mãos de Ye Er, subindo até o fundo do seu coração, trazendo uma sensação estranha de formigamento. Seus cílios tremularam, e ele forçou a si mesmo a desviar o foco.

Com as mãos firmemente segurando as axilas do Zerg, Ye Er, com grande dificuldade, arrastou-o até o banheiro.

"…"

O banheiro não tinha banheira, nem tapete, então ele teve que deitar o Zerg no chão frio de azulejo. A mudança brusca de temperatura, de frio para quente, deve ter sido desconfortável, pois o Zerg inconscientemente se contorceu, encolhendo-se um pouco.

Pela segunda vez, Ye Er sentiu a pequena dimensão daquele apartamento.

O Zerg, com seu corpo alto e robusto, tinha membros longos e parecia ter mais de 1,90 metros de altura. Mesmo encolhido, ele ocupava a maior parte do espaço estreito do banheiro, parecendo um poderoso cervo que Ye Er havia caçado.

Ye Er pegou o chuveiro e abriu a água quente.

O aquecedor antigo fez um barulho baixo, e enquanto esperava a água esquentar, 015, com 10% de bateria, voltou, espiando pela porta com cautela.

"Posso ajudar em algo?" perguntou o robô.

O jovem, alto e esguio, parecia fora de lugar naquele banheiro pequeno e gasto.

A situação havia se desenrolado tão rapidamente que Ye Er ainda estava vestindo seu casaco preto de neve, as mangas arregaçadas até os cotovelos. Suas mãos pálidas, enquanto testava a temperatura da água, revelavam veias sutis, transmitindo uma sensação de eficiência e destreza.

"Volte e termine de recarregar. Não vou precisar de você aqui." Ye Er respondeu sem olhar para trás. "Quando terminar, por favor, limpe a sala de estar."

015 obedeceu e, antes de fechar a porta, viu Ye Er molhando o Zerg com o chuveiro de cima a baixo.

A água quente começou a evaporar em nuvens de vapor, dissolvendo o sangue coagulado em camadas, que se misturava à água e escorria pelo ralo.

O Zerg estava se tornando visivelmente mais limpo, como uma estátua de mármore sendo polida.

A água, embora ajustada para um fluxo baixo, ainda era muito intensa para as feridas. Ye Er evitou molhar diretamente as áreas mais danificadas, concentrando-se primeiro em lavar os membros e o abdômen.

O fluxo morno de água foi derretendo gradualmente aquele bloco rígido de mel, relaxando os músculos tensos.

As pernas fortes do Zerg, que antes estavam encolhidas para proteger o abdômen, começaram a se abrir lentamente, como uma concha revelando sua pérola.

Ye Er desligou o chuveiro, tirou o casaco e o pendurou em um gancho, arregaçando as calças antes de se agachar. Ele despejou um pouco de líquido esterilizador em suas mãos.

O líquido frio escorreu por suas palmas e dedos, pingando sobre a pele do Zerg, provocando um leve arrepio.

Ele passou as mãos rapidamente pelo corpo do Zerg, limpando os resíduos que a água não conseguia remover, esfregando cuidadosamente a sujeira remanescente.

Lavar o Zerg não era tão diferente de dar banho em um cachorro, algo que ele já havia feito antes. Embora igualmente desafiador, pelo menos o Zerg não se debatia com força, sacudindo a cauda e molhando tudo ao redor.

Suas mãos seguiram as linhas firmes e esculpidas do corpo, parando na curva da cintura. Mais abaixo, a área estava sombreada e completamente desprotegida.

Ye Er hesitou, sem saber se deveria continuar como uma máquina de limpeza impassível ou evitar essa área por decência.

"Hum…"

Ele hesitou por muito tempo, e a água quente começou a esfriar. O Zerg tremeu, soltando um gemido abafado enquanto suas pálpebras fechadas tremulavam inquietas.

Ye Er rapidamente pegou o chuveiro e o molhou novamente.

"Tosse… Não…"

Uma voz rouca e entrecortada surgiu de repente. O Zerg havia acordado e, de forma hesitante, levantou um braço para bloquear o fluxo de água, seus movimentos desajeitados.

"Você acordou?"

Ye Er afastou o chuveiro e observou cautelosamente, uma mão já descansando na maçaneta da porta, pronta para sair a qualquer momento. "Você está consciente agora?"

O Zerg não respondeu, nem se moveu. Seus cabelos brancos e molhados cobriam seu rosto, e sua testa descansava contra o chão do banheiro enquanto ele ofegava. Seus músculos tensos nas costas subiam e desciam irregularmente, como uma montanha silenciosa e pulsante.

…Algo estava errado.

Tudo estava muito errado.

Xi Ze respirava com dificuldade, usando todas as suas forças para controlar o tremor do seu corpo.

Ele percebeu que estava deitado no chão, com o corpo pressionado contra os azulejos duros e escorregadios, mas não sentia frio.

Quando acordou, pensou que havia sido atingido por outro balde de água gelada, mas antes que seu corpo pudesse se tensionar, foi envolvido em um calor relaxante e reconfortante.

No momento seguinte, o fluxo suave de água foi interrompido, e uma voz agradável soou:

"Como você está se sentindo, está melhor?"

Embora a voz fosse totalmente desconhecida, não havia malícia em sua pergunta. Não pertencia a nenhum Zerg que ele conhecesse, e a situação em que se encontrava era igualmente confusa. Contudo, sentia-se seguro e confortável, algo que não experimentava há muito tempo.

Sua memória estava confusa e caótica, mas a cena diante dele permitia uma suposição razoável: ele havia sido resgatado por esse Zerg à sua frente.

Quem ele era? Por que o havia resgatado? Qual era seu objetivo? O que ele queria dele? Essas perguntas se acumularam em sua mente, misturando-se em uma confusão de incerteza e medo.

Xi Ze sentiu uma dor de cabeça intensa e balançou a cabeça lentamente.

Ele ergueu a cabeça um pouco, e sua visão estava turva e escura, incapaz de distinguir detalhes. Só pôde perceber a aproximação do outro Zerg pelo som de seus passos, até que ele se agachou ao lado de Xi Ze.

"O médico disse que seus olhos estão infectados. Você ainda consegue enxergar?"

Um dedo tocou suavemente o canto do olho dele, como se estivesse acariciando uma peça de porcelana preciosa.

Xi Ze instintivamente se encolheu, afastando seu frágil globo ocular do que parecia ser uma lâmina desconhecida.

O Zerg à sua frente não pareceu se importar com a reação de Xi Ze, murmurando baixinho para si mesmo: "Será que ele não consegue ver com nenhum dos olhos? Vou ter que perguntar a Hughes o que fazer…"

A dor excruciante vinha em ondas, e Xi Ze, com os dentes cerrados, lutava para suportá-la. Então, ouviu uma pergunta: "Qual é o seu nome?"

Uma sensação de familiaridade o atingiu com força, como se em uma noite fria e dolorosa, uma mão quente tivesse aquecido seu corpo congelado. Uma voz surgira de repente, não esperando uma resposta, mas carregada de vida e força, arrancando-o de seu estado de quase-morte.

— "Você ainda quer viver?"

Ye Er suspirou em silêncio.

O Zerg fêmea diante dele permaneceu em silêncio, não perdendo o controle como antes, mas ainda estava repleto de vigilância e resistência, como se estivesse se protegendo dentro de uma casca grossa, apática e resignada a evitar mais danos.

Ele lembrou-se de sua experiência como voluntário em uma associação de proteção animal, onde muitos animais resgatados exibiam comportamentos semelhantes.

Alguns lutavam desesperadamente, mordendo qualquer mão que se aproximasse, enquanto outros se encolhiam de medo, escondendo-se em um canto. Alguns acabavam com traumas psicológicos tão graves que paravam de comer e morriam lentamente. Somente uma minoria conseguia se recuperar completamente.

Eles precisavam de nutrição básica, cuidados atenciosos, muita paciência e carinho, e, acima de tudo, muito tempo.

Ye Er colocou o chuveiro nas mãos do Zerg fêmea. "Embora você não possa ver, talvez ainda queira se lavar sozinho. Tome cuidado. Se precisar de algo, me chame."

Mas o chuveiro caiu no chão com um estrondo, espalhando água por todos os lados.

Aquela mão calejada e cheia de cicatrizes agarrou-se firmemente ao pulso esguio de Ye Er, como se fosse um último fio de esperança.

A voz do Zerg fêmea era rouca.

"Xi Ze... meu nome é Xi Ze."


 ANTERIOR ÍNDICE PRÓXIMO

Nenhum comentário:

Postar um comentário

COMENTÁRIOS